quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fondue de Carne ao Vinho. Uma descoberta para lá de especial em Gramado


Gramado! Quando ouço essa palavra, automaticamente, dezenas de coisas “tri legais” me vem à mente. Eita lugar para ter gente bonita. A cidade é linda; é limpa; é bem organizada; os motoristas sabem de quem é a preferencial na “rótula”. Compras? Tudo de bom! E a recepção ao turista? MARAVILHOSA. É a cidade do Natal Luz, do Festival Nacional de Cinema, da Festa das Colônias. Ah, e já ia me esquecendo (brincadeirinha) um polo gastronômico de dar água na boca, com seus restaurantes franceses, suíços, italianos, alemães...
Tenho um carinho super especial por esta linda cidade da Serra Gaúcha. E é de lá que vem esta receitinha de Fondue de Carne ao Vinho, direto do Restaurante Le Chalet de La Fondue (avenida das Hortênsias, 1.297. Tel: 54 3286-7544). Parada obrigatória toda vez que estou por lá.
Se alguém está se perguntando como eu consegui a receita, lá vai. Primeira vez no restaurante, em viagem de Lua de Mel. Pedimos a fondue (acompanhado, se não me falha a memória, por 14 molhos diferentes). Garçom mega simpático – o Alceu. Uma garrafa de vinho na cabeça, já um pouquinho desinibida, chamei o Alceu e disse: “Isso aqui é muito bom. Será que você me arruma a receita”. Cinco minutos depois, lá vem meu amigo, com um papelzinho rabiscado. O mais legal: fiz várias vezes e fica igualzinha a do restaurante.
Foto: Divulgação


Ingredientes:

Para a fondue

1kg de filé mignon, sem gordura, cortado em cubinhos, temperada apenas com um pouco de sal
2 garrafas de vinho tinto seco de boa qualidade
½ pimenta dedo-de-moça picada, sem sementes
1 dente de alho
Noz moscada a gosto
Ramos de tomilho, orégano fresco, alecrim e sálvia
1 folha de louro
1 dente de alho

Preparação

Não gosto de preparar logo de cara no réchaud da fondue porque se o fogo não estiver dos melhores, demora bastante. Separe a carne. Coloque o vinho, as ervas e a noz moscada numa panela para ferver. Se preferir, coloque um pouco de sal, mas cuidado, porque a carne já leva sal. Espere uns cinco minutinhos, só para evaporar um pouco o álcool. Passe o dente de alho por dentro do réchaud, despeje o vinho e mantenha a chama do aparelho sempre acesa. Basta espetar os pedacinhos da carne e mergulhar no vinho.

Molhos para acompanhar a fondue

 Pesto:
½ maço de manjericão
2 dentes de alho
½ xícara de azeite
40 gramas de pinoli (opções: amendoim, castanha de caju ou nozes)
sal a gosto
2 pedras de gelo (opcional)

Bata tudo no liquidificador. As pedras de gelo servem para manter a cor das folhas.
Alguns molhinhos. Foto: Soraia Kalil

Chutney de manga

1 ou 2 mangas maduras picadas
1 e ½ xícara de açúcar
Gengibre ralado a gosto
½ pimenta vermelha picada
1 pitada de cardamomo (opcional)
1 anis estrelado
sal

Preparo:
Numa panela, leve ao fogo todos os ingredientes e deixe apurar.

Molho de cereja

1 pote de cream cheese
2 colheres de sopa de creme de leite
5 colheres de sopa de cereja sem a calda
1 pitada de nós moscada
1 pitada de sal
1 pitada de pimenta do reino

Pique as cerejas e acrescente os demais ingredientes. Mexa bem e acerte o sal e a pimenta.

Molho tártaro

1 caixinha de creme de leite
4 colheres de sopa de maionese
1 colher de suco de limão
2 colheres de cebolinha picadas
2 colheres de picles sortidos, picados bem miudinho
4 colheres de sopa de cebola bem picadinha
1 colher de sopa de mostarda
Sal

Preparo:
Misture todos os ingredientes.

Molho de cebola

½ pacote de sopa de cebola
1 pote de cream cheese
2 colheres de requeijão

Preparo:
Misture todos os ingredientes.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Leitão da Bairrada, patrimônio gastronômico de Portugal


Por Soraia Kalil

Prato acompanha salada e batatas portuguesas
Nós estamos na Estrada Nacional, entre Coimbra e Anadia, mais precisamente na região de Mealhada, Portugal. Saímos de Lisboa por volta das 11h da manhã. Agora, quase 14h, a fome apertou de verdade. Mas o que nos move efetivamente não é uma simples busca. Nosso foco é único e exclusivo: Leitão da Bairrada, considerado, em 2011, uma das sete maravilhas gastronômicas do País.
Mais alguns minutos de procura e logo avistamos o restaurante Espelho d’Água, apresentado a nós pelos meus tios, no ano anterior.
Finalmente, chegamos! Ao escrever este texto, não consigo entender se o que nos move com tanta voracidade é a fome ou simplesmente a gula, sem dúvida, o mais saboroso dos sete pecados capitais.
À atendente, que infelizmente não me recordo o nome, mas que era de uma atenção sem igual, aliás peculiaridade do povo português, fizemos então o tão esperado pedido: o tal leitão, servido com salada e batatas portuguesas de uma crocância tão sonora que soava como música aos nossos ouvidos. O segundo pedido: um espumante tinto, que harmoniza magnificamente com o prato. Pensei então: se o paraíso gastronômico existir, é exatamente nele que me encontro!
Merecia um closet (Fotos: Soraia Kalil)
Bem, vamos ao prato: a carne é suculenta, macia e desmancha na boca. A casquinha dourada e crocante faria qualquer cardiologista surtar. E o molho que acompanha o prato? Gordura de porco, alho e pimenta. É a mesma base inclusive do tempero da carne.  Meu marido (e grande companheiro de viagem) e eu brindamos, penso, uma dezena de vezes pela herança gastronômica de nossos pais, saboreando o espumante Murganheira, cujas castas Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca conferiram um sabor fresco e frutado à bebida. Um êxtase!
Ao final do almoço, um convite muito delicado da nossa atendente: conhecer os fornos onde os leitões são assados diariamente. Claro que aceitamos.
Com um peso médio de seis a oito quilos e com uma idade que varia entre um mês e um mês e meio, o leitão sai direto do leite materno para se transformar numa iguaria regional.

PREPARAÇÃO - Um espeto transpassa todo o corpo e ele é assado inteiro, durante cerca de duas horas, no forno à lenha. De tempos em tempos, é retirado e sua gordura é escorrida, o que servirá para preparar o tempero para os próximos leitões da Bairrada.
Sem dúvida, uma pedida imperdível para quem estiver em Portugal. Não importa em que região você esteja. Sempre valerá a pena rodar quilômetros e mais quilômetros até essa iguaria nacional.
Fica aqui a nossa dica para conhecerem o Espelho d’Água (avenida da Restauração, Sernadelo, Mealhada).
Estacionamento, amplo salão, ótimo atendimento, variedades em vinhos e espumantes e, claro, um leitão divino. Mais informações pelo site www.restauranteespelhodeagua.com. Aberto de terça à domingo, das 11h à 00h.  

  


sábado, 12 de maio de 2012

Arroz de Feijão da tia Laidinha


Não, não troquei a preposição. O nome é Arroz de Feijão mesmo. E temperado com carinho da tia é irresistivelmente bom. Na verdade, nunca preparei a receita, mas, comi a primeira vez no ano passado, quando estivemos em Portugal. E amei. Passei um ano inteiro pensando no arroz de feijão da tia Adelaide. Cheguei a comer num restaurante, em Viana do Castelo (Portugal), mas não era igual. Uns dias antes de retornar a Portugal, fiz apenas um pedido a minha tia: arroz de feijão. E no dia seguinte a minha chegada, banquete! Para acompanhar, alheiras feitas pelas mãos abençoadas da tia. Para beber, vinho produzido pelo meu tio Manuel. Onde eu estava? No paraíso, com certeza!
Arroz de Feijão com alheira

Ingredientes:

1 xícara de feijão jalo cozido
1 xícara de arroz cru
1 cebola
Azeite o quanto baste para fritar a cebola
Folhas de louro a gosto
Páprica a gosto

Modo de preparo:

Leve a cebola picada a uma frigideira com azeite. Quando estiver dourada, acrescente a páprica. Acrescente três xícaras de água, uma xícara de feijão com o caldo e uma xícara de arroz. Acerte o sal e deixe cozinhar, em média, dez minutos. O arroz deve estar no ponto, mas a água não pode secar completamente. Para acompanhar, na falta de uma alheira caseira, uma boa carne de vaca ensopada ou refogada!