Amplo terraço e com uma linda vista (Fotos: Soraia Kalil) |
Sábado, 9h50. Mochila nas costas. Destino: Gare de Saint Lazare para pegar o trem que me levaria a uma pequena cidade chamada Vernon. De lá, mais um ônibus e cerca de uma hora e vinte minutos depois de sair de Paris, chego à Giverny, a Vila de Monet, cidadezinha na região da Normandia, com apenas 500 habitantes.
O objetivo era conhecer os famosos Jardins de Giverny, que inspiraram o grande pintor impressionista Claude Monet (1840-1926) na sua arte.
Curiosa, ávida por capturar boas imagens, dei uma sondada na área, percorrendo as dezenas de ruazinhas estreitas e super simpáticas, quando começo a perceber vários restaurantes e cafés totalmente diferentes do que se encontra na capital francesa. Lugares simples, mas que guardam história e parte da cultura daquele local tão emblemático. A arquitetura preservada, quase irretocada, as flores e suas cores que inspiraram o artista, o jardim das águas, sua casa, tudo nos força a um mergulho na história da arte.
A Quiche é um prato tradicional na culinária francesa |
Bem, depois de apreciar, admirar e me acabar de tanto fotografar, hora de escolher o restaurante. Missão deliciosa, mas ao mesmo tempo, frustrante: teria que escolher apenas um e babar por todos os outros. Aí, lembrei da célebre lição: toda escolha implica numa renúncia!
Voilà!! Bem, a maioria expõe seu cardápio à porta, o que facilita na hora da escolha. Ou não, depende do ponto de vista. Acabei optando pelo Café Terra, ao lado do Museu do Impressionismo. Além do amplo salão da parte interna, o que me chamou a atenção foi o terraço ao ar livre. Pensei: é aqui que vou me acabar no salmão e no queijo branco com calda de framboesa.
O queijo que não era queijo... |
Entretanto, àquela hora (quase 16h) eles serviam apenas um menu de pratos rápidos. Mas o local me pareceu tão aconchegante, que resolvi ficar. Entre as opções, pedi uma Quiche Normande, com queijo camembert, shitake e bacon, acompanhada de salada verde (€14,00). Muito bem servida e deliciosa. Cogumelo no ponto, queijo derretidinho e gratinado e pouco bacon – o que evitou uma briga com o queijo.
De sobremesa, claro, o tal queijo branco com calda de framboesa(€ 6,00). A primeira impressão foi uma leve decepção ao perceber que não se tratava de um queijo. E sim do que nós chamamos de coalhada. Mas a decepção não durou muito. Apenas o tempo de levar a primeira colherada à boca e me deliciar. De fato, aquilo era uma coalhada. Mas com uma textura que eu nunca vi. Acidez na medida certa. E a calda não muito doce! Dos deuses mesmo! Foi para fechar com chave de ouro o dia agradabilíssimo passado por aquelas bandas.
Agora, quando meu marido vier me encontrar, daqui a 11 dias (contando os minutos), quero levá-lo à Giverny para curtir com ele todas as emoções da terra de Monet. Ficará por conta dele conhecer a minha indicação ou partir para algo novo. Amor, você decide!
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